A religião é um “produto” da evolução do cérebro humano, de modo que a idéia de Deus, assim como os comportamentos religiosos, encontram seu fundamento no mundo real no qual o cérebro é predisposto a funcionar. A tese é do pesquisador americano Pascal Boyler, que publicou seu artigo na revista científica Nature.
Boyler, que é professor do departamento de Psicologia e Antropologia da Universidade Washington, detalha em sua pesquisa que formas cognitivas predispõem o homem a praticar a fé religiosa.
Por exemplo, a tendência a criar imagens imateriais e a ver Deus como uma figura antropomórfica é explicada pelo hábito infantil de criar figuras semelhantes às reais em sua imaginação – aos moldes dos amigos imaginários.
O pesquisador descreve que também os rituais religiosos seriam comportamentos padrão do cérebro humano, comportamentos estereotipados e repetitivos como os que ocorrem em distúrbios obsessivo-compulsivos, nos quais o fiel assume obrigações por sua crença, mesmo que não traga efeitos reais.
Uma outra característica do cérebro humano que pode explicar alguns aspectos da religião, segundo Boyer, é a tendência a socializar, a tecer coalizões que vão além das relações de parentesco. Essa inclinação à vida em grupo cria a comunidade religiosa, que cria para si as regras próprias de cada crença.
Segundo Boyer, não será descoberto o “circuito do pensamento religioso” ou os “genes da fé”, mas constatamos que “a religião é um produto da nossa evolução”.
– Um dia encontraremos as provas para demonstrar que nossa inata propensão ao pensamento religioso deriva do fato de que nossos antepassados tiravam disso uma vantagem evolutiva – declarou o pesquisador. – Pensamentos religiosos parecem ser uma propriedade emergente de nossa capacidade cognitiva padrão. As informações são da Ansa.
Fonte: O Globo
outubro 25, 2008 às 12:42 pm
Havíamos prometido uma matéria sobre segurança pública, no entanto por se tratar da área jurídica nossa “musa” Keila resolver tirar uns dias com o namorado e nos deixou na mão, vamos aguardar.
outubro 25, 2008 às 2:39 pm
Realmente, a realidade do “só-absoluto” e do “só-acompanhado”, direciona aquelas pessoas à procura de algo que venha suprir tais carências. Seria válido, já que a solidão é um problema grave, acarretando distúrbios psíquico-somáticos que são as causas de muitas enfermidades.
A religião tem o poder de integrar o indivíduo de corpo e “alma”, diferentemente de clubes e outras associações de cunho meramente sociais (sic). Entretanto, com o passar do tempo, suas conseqüências não serão menos graves. A liberdade pregada em nome de Deus, reverte-se em uma verdadeira “prisão” emocional; a razão dá lugar à “cegueira” intelectual; o mundo passa a ser um lugar de simples passagem, à espera do que “um dia virá”; e assim, nesse estágio psicológico, tornam-se presas fáceis para exploração, que apesar de tudo, é o mal menor. O pior, que mentem para si mesmos, às vezes por uma vida inteira; pois, eu não conheço nenhum religioso contemporâneo, que guarde no seu coração e pratique na sociedade, aquilo que lhe foi proposto através das escrituras.
Parabéns pela matéria.
outubro 25, 2008 às 4:00 pm
Ivan Carlos
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outubro 25, 2008 às 8:25 pm
eu não conheço nenhum religioso contemporâneo, que guarde no seu coração e pratique na sociedade, aquilo que lhe foi proposto através das escrituras.
Ainda bem, caso contrário não existiria nenhum homossexual vivo. Teríamos pais apedrejando filhos beberrões e maníacos à espreita para matar quem vai trabalhar aos sábados…
A evolução do deus tribal Iave para o deus de amor dos cristãos, só reforça o que diz o seu artigo.
Parabéns 😉
outubro 25, 2008 às 8:46 pm
Obrigado Amadeus pela sua visita.
Teria mesmo que ter alguma explicação científica para a “fogueira das paixões.” 😀
outubro 25, 2008 às 11:34 pm
Kibom,
Vacilo… valeu!!!
outubro 26, 2008 às 3:56 pm
Amadeus,
Concordo plenamente com seu comentário. Entretanto, sempre que tenho oportunidade, eu tento demonstrar a essas pessoas, a vida miserável e sem rumo que elas escolheram, sem precisar dizer isso claramente.
Quando demonstro a hipocrisia de seus discursos, ofereço-lhes a possibilidade de reflexão, e assim, concluírem por si mesmas, o “barco furado” em que estão navegando: uma vida inteira de erros e auto-cobranças, segundo suas próprias crenças. Que “vidão”, hein??
outubro 26, 2008 às 8:59 pm
Por isso achei a frase da Campanha da BHA excelente. Convidar à reflexão é tudo que podemos fazer pelos religiosos. O resto é com eles.